quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Ela & Ela

Era dia. Embora sempre que fosse dia escrevesse que noite, o vice-versa era recíproco. Ela havia ido embora cedo demais. Ela estava ainda com esperança que voltasse logo. É óbvio que existem duas elas nessa história. Mas duas elas que prefiri não destinguir. Apenas isso. Eram duas num texto, sendo apenas uma noutro contexto. Ou talvez o contrário é que estivesse certo. Mas nunca saberemos; aqui temos duas e apenas uma. Não adianta perguntar, persuadir, nem elas mesmas saberiam lhes contar. Nem mesmo ela poderia...!
Ah! Como já foi dito por mero destino, ela havia ido cedo demais. A outra esperança demais. As duas, olhares demais.
Os olhos de flor de uma faziam falta nos olhos cheios de cor da outra. Ela não entendia muito bem. Sabia muito bem, mas talvez não pudesse entender.
Não que se fizesse de boba, ou fosse muito acanhada... Mas preferia, de certa forma, apaziguar seus grandes olhos numa bacia cheia de sorrisos. Ela escolheu de se pintar com os mais belos. Ela apreciava tanto os tão belo sorrisos que por isso fez a tal bacia. Claro que aqui a ela dos sorrisos não era a colecionadora dos tão belos sorrisos guardados na bacia.
Era uma bacia pois ela - e não se pode saber qual ela - pensava que bacias eram feitas para as melhores coisas. Lembranças inclusive. Estrelas cadentes, histórias bonitas, arco-íris em dia de sol e de chuva! Sorrisos, olhares, cores. Coisas assim, bonitas. Talvez as duas elas pensassem isso. Mas uma preferiria cadernos, talvez. Provavelmente caixinhas de música que tocariam Por Elise, mas eu não sei dizer.
As coincidências do destino, aquelas velhas (quase rabugentas!) que fizeram tudo aqui. Ela sabia. Ela sabia que não eram coincidências pois não acreditava em coincidências. Ela sabia.
Ah, como saber o que se fazer com um jogo de rodar uma roda de bicicleta sobre um baquinho? . Ela se perguntou isso muito antes de conhecer a outra ela. E descobriu, depois, que era um jogo comum, entre as velhas coincidências. Desastrosas! Arteiras e certeiras...! Ela nunca havia se perguntado, talvez! Mas apenas talvez pois como já disse: eu é que não sei de tudo
A questão toda das duas elas, é que uma foi embora cedo, e a outra ficou acordada. Mas ela não podia velar o sono da outra. Mas sentia tanta vontade que resolveu ir dormir.
FIM.


P.S.: Isso não nescessariamente é baseado em fatos. Provavelmente inspirado, talvez! Mas certamente não tem a mínima idéia de rodar as cabeças alheias. É simples: é isso. Sentir.

Um comentário:

Laryssa disse...

Dispensa comenários... simplesmente... amei!