Gosto do seu rosto apreensivo vendo arte. Gosto do seu jeito fazendo arte. Contar histórias com brilhos no olhar: é uma arte.
Gosto de pensar que foi por uma certa arte certeira que nos conhecemos, e por sermos feitas um pouco de arte também, que fomos nos fazendo juntas.
Quero ver um maço de flores com você. Quero conhecer um lugar novo. Quero apresentar um lugar novo. Quero ouvir no silêncio músicas que ninguém jamais ouvirá. Quero sentir o frio no calor e muito calor no frio. Quero o seu corpo. Quero os nossos.
Quero ver uma apreentação de dança, um espetáculo teatral, uma ópera, uma orquestra, uma exposição. Será arte.
Tudo arte.
Até que a palavra arte perca a sonoridade. Até que a palavra arte perca o sentido. Até que nós nos transformemos em pura arte e percamos os sentidos. Até que não sejamos mais nada. Seremos apenas arte, sem sentir e sentidos.
Tudo arte.
Apenas arte.
"Eu te digo: estou tentando captar a quarta dimensão do instante-já que de tão fugidio não é mais porque agora tornou-se um novo instante-já que também não é mais. Cada coisa tem um instante em que ela é. Quero apossar-me do é da coisa. Esses instantes que decorrem no ar que respiro: em fogos de artifício eles espocam mudos no espaço. Quero possuir os átomos do tempo." Clarice Lispector
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Das artes. Das artes. A arte
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2 comentários:
a arte pra mim tem outros significados... e eu acho q a arte está camuflando outro nome nesse texto...
Bem... simplesmente adorei! Se a arte não é arte... , hum..., não deixa de ser arte.
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