Escute de mim! Sim, escute aqui da minha boca fechada.
Você, sim, pare aqui e agora e me ouça.
Vá andando vagarosamente por minhas palavras tortas, súbtas armadilhas; espreito seu medo.
As palavras, tontas, entram por um ouvido e se recusam a sair pelo outro, dão meia volta forçadamente para voltarem de onde vieram, você quer saber? Não me importo se já deram voltas por aí, quero escrever-lhe agora para gravar a fogo na retina do amor que é meu. Meu coração que ama o seu, meus olhos que amam o seu olhar, e os lábios - meus - que amam a boca que é sua. Leia. Deixe-me gravar em todo seu corpo minhas palavras, escrever meu nome, gravar em tudo que é fisicamente seu: eu amo.
Você ama.
E agora é a minha hora. Hora de falar-lhe que amor é abismo.
Hora de falar dos ciúmes.
Do inexistente.
Do apenas nosso.
Escute minha boca fechada. Ouça minhas palavras escritas. Pare, você, e deixe cravar as palavras na retina, com vidro, com amor, com tudo o que poderia.
E o que posso.
6 comentários:
Insisto em reler esse texto, provavelmente com minha megalomania, procuro encontrar sentidos. Talvez seja viagem minha, mas me sinto. E sim, as vezes tbm saudades. Fly.
meus olhos procuram os seus, silenciosamente, discretamente.
dúvidas sempre existem, mas os olhos... esses querem re-viver a lembrança do te olhar com um querer maior do que o eterno. e do que fica pra depois.
it must be something in the way you move...
It must be something in the way you dream...
Você não veio em 2016. Você vem em 2017?
3 anos escrevendo e apagando e querendo esticar a minha mão pra alcançar algo que eu não sei o que é. e esse não saber me dá medo.
e o medo de ter medo de tentar.
i've been tired for days and days... mas esse texto, bom, eu gosto.
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