sexta-feira, 8 de abril de 2011

D'A Escuta, forçada ou não.


Escute de mim! Sim, escute aqui da minha boca fechada.
Você, sim, pare aqui e agora e me ouça.
Vá andando vagarosamente por minhas palavras tortas, súbtas armadilhas; espreito seu medo.
As palavras, tontas, entram por um ouvido e se recusam a sair pelo outro, dão meia volta forçadamente para voltarem de onde vieram, você quer saber? Não me importo se já deram voltas por aí, quero escrever-lhe agora para gravar a fogo na retina do amor que é meu. Meu coração que ama o seu, meus olhos que amam o seu olhar, e os lábios - meus - que amam a boca que é sua. Leia. Deixe-me gravar em todo seu corpo minhas palavras, escrever meu nome, gravar em tudo que é fisicamente seu: eu amo.
Você ama.

E agora é a minha hora. Hora de falar-lhe que amor é abismo.
Hora de falar dos ciúmes.
Do inexistente.
Do apenas nosso.
Escute minha boca fechada. Ouça minhas palavras escritas. Pare, você, e deixe cravar as palavras na retina, com vidro, com amor, com tudo o que poderia.
E o que posso.

6 comentários:

Anônimo disse...

Insisto em reler esse texto, provavelmente com minha megalomania, procuro encontrar sentidos. Talvez seja viagem minha, mas me sinto. E sim, as vezes tbm saudades. Fly.

Anônimo disse...

meus olhos procuram os seus, silenciosamente, discretamente.
dúvidas sempre existem, mas os olhos... esses querem re-viver a lembrança do te olhar com um querer maior do que o eterno. e do que fica pra depois.

Anônimo disse...

it must be something in the way you move...

Água-Viva disse...

It must be something in the way you dream...

Água-Viva disse...

Você não veio em 2016. Você vem em 2017?

Anônimo disse...

3 anos escrevendo e apagando e querendo esticar a minha mão pra alcançar algo que eu não sei o que é. e esse não saber me dá medo.
e o medo de ter medo de tentar.
i've been tired for days and days... mas esse texto, bom, eu gosto.