terça-feira, 30 de março de 2010

"Hey, obrigada"

- Hey! Obrigada

A realidade é esta: tudo o que ela quer é gritar obrigada. Mas para que?
O que confunde o destino e faz com que duas mentes entrecruzem-se num espao tão vago?

As palavras agarradas em seus braços se recuzam a desgrudarem-se dos músculos perto de ambos os cotovelos. Seguindo-lhes a trilha - as palavras grudadas cravadas em mim - chega-se cada vez mais longe e mais próximo de mim e de si. Existem nós e mós delas. Existem elas e só elas. Existem mesmo essas tais que se chamam de palavras?! Existem mesmo essas pequenasque chamamos de saudades?
A dormencia dos músculos obturava a vista dos olhos sob as pálpebras cansadas e ela decide não colocar mais nel meia pontuação em seus textos pois as palavras lhe pareciam sem nexo sem sexo sendo anjos sendo guardiões sem pretextos ou textos. Mentira dela, que logo logo colocaria lá um ponto, uma vírgula, três. Mil. Muita pontuação.
Muito mistério.
Mutio sabe-se lá o que é o que é.
Ela, na verdade, se acha um pouco muito maluca. Mas não deixa de apreciar. Não, isso ela não deixa não.

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